Em 2 Coríntios 7.2-12, vemos que o amor de Cristo impulsionava Paulo em
relação aos coríntios. Esse amor continuava tão verdadeiro e tão grande como
quando ele escreveu sua primeira e severa carta. Nunca esqueçamos que aqueles
que nos reprovam e nos advertem com mais severidade são geralmente os que mais
nos amam, veja:
“Eu corrijo e castigo constantemente todo aquele a quem amo;
portanto, devo castigá-lo, a menos que você abandone a sua indiferença e se
torne um entusiasta das coisas de Deus” (Apocalipse 3.19).
A igreja de Corinto já tinha julgado o mal que havia no meio dela; tinha
demonstrado que era reta e limpa. Note: “Vejam só quanto bem lhes fez essa
ação enviada pelo Senhor! Vocês não encolheram mais os ombros, mas tornaram-se
fervorosos e sinceros, e muito ansiosos para se libertarem do pecado acerca do
qual eu lhes tinha escrito. Ficaram amedrontados com o que sucedera, e
almejavam que eu fosse ajudá-los. Lançaram mão do problema e o liquidaram
(castigando o homem que pecara). Vocês fizeram tudo que podiam para corrigir a
situação” (v. 11).
Se ela tolerou algum terrível pecado, fez isso na ignorância e na
negligência. Contudo, os coríntios precisaram humilhar-se por não terem
vigiado, permitindo assim que semelhante mal aparecesse no meio deles, sendo contristados
segundo Deus.
O versículo 10 nos mostra que o simples pesar, a vergonha e o remorso
não são sinônimos de arrependimento. “Porque Deus às vezes utiliza o
sofrimento em nossas vidas para nos ajudar a nos afastarmos do pecado e
procurar a vida eterna. Nunca devemos lamentar que Ele no-lo envie. Já o
sofrimento do homem que não é cristão não é o sofrimento do arrependimento
verdadeiro e não evita a morte terna” (1 Co 7.10).
O arrependimento consiste em julgar os nossos pecados da mesma maneira
que Deus os julga, em reconhecer o mal e abandoná-lo, não importa se os atos
tenham sido cometidos antes ou depois da conversão (Provérbios 28.13).
O arrependimento é o primeiro fruto da fé. Ser contristado segundo Deus
é, pois, motivo de alegria (v. 9). Veja: “Agora, alegro-me por tê-la
remetido, não porque ela os contristou, mas porque a dor fez com que vocês se
voltassem para Deus. Foi uma boa espécie de tristeza, essa que vocês sentiram,
a espécie de tristeza que Deus quer que o seu povo tenha, para que assim eu não
precise ir até ai com rispidez” (2 Co 7.9).
Pergunto: será que você, leitor querido, já experimentou o verdadeiro
arrependimento?
A-BD
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