domingo, 30 de setembro de 2012

Ficar apenas com vergonha e remorso não é se arrepender. Arrependimento vai mais além disso.


Em 2 Coríntios 7.2-12, vemos que o amor de Cristo impulsionava Paulo em relação aos coríntios. Esse amor continuava tão verdadeiro e tão grande como quando ele escreveu sua primeira e severa carta. Nunca esqueçamos que aqueles que nos reprovam e nos advertem com mais severidade são geralmente os que mais nos amam, veja:

Eu corrijo e castigo constantemente todo aquele a quem amo; portanto, devo castigá-lo, a menos que você abandone a sua indiferença e se torne um entusiasta das coisas de Deus” (Apocalipse 3.19).

A igreja de Corinto já tinha julgado o mal que havia no meio dela; tinha demonstrado que era reta e limpa. Note: “Vejam só quanto bem lhes fez essa ação enviada pelo Senhor! Vocês não encolheram mais os ombros, mas tornaram-se fervorosos e sinceros, e muito ansiosos para se libertarem do pecado acerca do qual eu lhes tinha escrito. Ficaram amedrontados com o que sucedera, e almejavam que eu fosse ajudá-los. Lançaram mão do problema e o liquidaram (castigando o homem que pecara). Vocês fizeram tudo que podiam para corrigir a situação” (v. 11).

Se ela tolerou algum terrível pecado, fez isso na ignorância e na negligência. Contudo, os coríntios precisaram humilhar-se por não terem vigiado, permitindo assim que semelhante mal aparecesse no meio deles, sendo contristados segundo Deus.

O versículo 10 nos mostra que o simples pesar, a vergonha e o remorso não são sinônimos de arrependimento. “Porque Deus às vezes utiliza o sofrimento em nossas vidas para nos ajudar a nos afastarmos do pecado e procurar a vida eterna. Nunca devemos lamentar que Ele no-lo envie. Já o sofrimento do homem que não é cristão não é o sofrimento do arrependimento verdadeiro e não evita a morte terna” (1 Co 7.10).

O arrependimento consiste em julgar os nossos pecados da mesma maneira que Deus os julga, em reconhecer o mal e abandoná-lo, não importa se os atos tenham sido cometidos antes ou depois da conversão (Provérbios 28.13).

O arrependimento é o primeiro fruto da fé. Ser contristado segundo Deus é, pois, motivo de alegria (v. 9). Veja: “Agora, alegro-me por tê-la remetido, não porque ela os contristou, mas porque a dor fez com que vocês se voltassem para Deus. Foi uma boa espécie de tristeza, essa que vocês sentiram, a espécie de tristeza que Deus quer que o seu povo tenha, para que assim eu não precise ir até ai com rispidez” (2 Co 7.9).

Pergunto: será que você, leitor querido, já experimentou o verdadeiro arrependimento?

A-BD

domingo, 9 de setembro de 2012

Oração, a arma do crente para fazer o diabo bater em retirada.

Quando Deus decidiu destruir os israelitas por causa do bezerro de ouro, “Moisés suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: ‘Ó Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão? Por que diriam os egípcios: ‘Foi com intenção maligna que ele os libertou’... Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo’” (Êxodo 32.11-13).

Moisés no Monte Sinai não está calmo e quieto, com as mãos unidas e uma expressão serena. Em um minuto ele está sobre seu rosto e no minuto seguinte está diante de Deus. Ele está ajoelhado, apontando seu dedo, levantando suas mãos. Derramando lágrimas. Rasgando seu manto. Lutando como Jacó em Jaboque pelas vidas do seu povo. E Deus o ouviu! “E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo” (Êxodo 32.14).

Nossas orações impetuosas mexem com o coração de Deus. “A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tiago 5.16). A oração não muda a natureza de Deus; quem ele é nunca será alterado. A oração, entretanto, impacta o correr da história. Deus conectou o mundo com força, mas ele nos convida a ligar o interruptor.

A maioria de nós luta com a oração. Nós nos esquecemos de orar e, quando lembramos, oramos com pressa e com palavras vazias. Nossas mentes se desviam; nossos pensamentos se dispersam como uma ninhada de codornizes. Por que isso? A oração requer um esforço mínimo. Nenhum local é determinado. Nenhuma roupa específica é necessária. Nenhum título ou cargo é estipulado. Mesmo assim você acharia que estamos lutando com um porco engraxado.

Falando em porcos, Satanás procura interromper as nossas orações. Nossa batalha com a oração não é inteiramente nossa culpa. O diabo conhece as histórias; ele testemunhou o anjo na cela de Pedro e a restauração em Jerusalém. Ele sabe o que acontece quando oramos. “As armas com as quais lutamos são poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2 Coríntios 10.4).

Satanás não fica preocupado quando você escreve livros ou prepara sermões, mas seus joelhos salientes tremem quando você ora. Satanás não gagueja ou tropeça quando você atravessa as portas da igreja ou participa das reuniões ministeriais. Os demônios não se agitam quando você lê este texto. Mas as paredes do inferno se abalam quando uma pessoa com um coração sincero e uma confissão fiel diz, “Ah, Deus, grandioso és tu”.

Satanás nos afasta da oração. Ele tenta se posicionar entre nós e Deus. Mas ele corre como um cachorro assustado quando nós avançamos. Então vamos.

Vamos orar primeiro. Viajando para ajudar os famintos? Certifique-se de banhar a sua missão em oração. Trabalhando para desatar os nós da injustiça? Ore. Cansado de um mundo de racismo e divisão? Deus também. E ele amaria falar com você sobre isso.
Vamos orar sempre. Deus nos chamou para pregar sem cessar? Ou ensinar sem cessar? Ou ter reuniões ministeriais sem cessar? Ou cantar sem cessar? Não, mas ele nos chamou para “orar sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17).

Jesus declarou: Minha casa será chamada casa de estudo? Comunhão? Música? Uma casa de exposição? Uma casa de atividades? Não, mas ele disse, “Minha casa será chamada casa de oração” (Marcos 11.17).

Nenhuma outra atividade espiritual garante tais resultados. “Se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus” (Mateus 18.19). Ele é movido pelo coração humilde e devoto.

Continuem firmes na oração, sempre alertas ao orarem e dando graças a Deus. Orem também por nós a fim de que Deus nos dê uma boa oportunidade para anunciar a sua mensagem, que trata do segredo de Cristo” (Colossenses 4.2-3).

Max Lucado

domingo, 2 de setembro de 2012

Obediência a Deus: essencial para a vida do crente

O Senhor Jesus falou a Saulo de Tarso na estrada de Damasco: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Atos 9.5). Saulo respondeu: “Senhor, que farei?” (Atos 22.10). Dirigindo-se a Jesus como Senhor no momento de sua conversão, Saulo reconheceu Sua autoridade e manifestou rendição, submissão a Jesus como Senhor e Mestre, e sua disposição de obedecê-Lo e servi-Lo.

Render-se a Cristo como Salvador, submeter-se e obedecer é a essência do cristianismo. A palavra ‘cristão’ significa que alguém se tornou seguidor e discípulo de Cristo. Portanto, obediência e submissão a Cristo são coisas que definitivamente acompanham a salvação e têm de ser encontradas em todos os que dizem ser cristãos.

Você já parou para pensar que Deus constituiu Jesus Cristo como Senhor de tudo, e não somente como Salvador dos pecados e do julgamento divino? Aquele a quem temos recebido como Salvador é o mesmo a quem Deus colocou sobre tudo.

Algo está muito errado se considerarmos Cristo como Salvador e nos beneficiarmos dos frutos de Sua obra na cruz e depois nos recusarmos a nos submetermos a Ele como Senhor e Mestre em obediência total.

Receber ou aceitar Jesus como Senhor significa reconhecer Seus direitos e autoridade sobre minha vida, significa render minha vontade a Ele, viver para agradá-Lo e servi-Lo. Isso é evidente na declaração do Senhor: “E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lucas 6.46). E o que Ele quer de nós está expressamente registrado na Bíblia.

Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.10-11)